domingo, 20 de novembro de 2011

2° TEMPORADA. - Capitulo 2

Fui arrumar minha mala ansiosa, mal posso esperar para ir para o Canadá. Minha vida aqui no Brasil está uma verdadeira droga. 
- Clara! - Disse minha tia entrando no meu quarto. 
- Fala. 
- Já te matriculei na Universidade de Stratford. Você viverá lá, é um internato. Só poderá sair com permissão minha, ok? 
- Tá. São que horas? - Perguntei desviando o assunto. 
- São 22 horas, melhor você ir dormir. Boa noite!
- Boa noite, tia. - Disse eu. 

Fui dormir, mas antes liguei para Júlia para avisar sobre minha mudança. Ela é poser, isso me irrita nela, mas ela é minha única amiga. Ela chegou a chorar, mas eu a tranquilizei dizendo que eu voltaria pra visitá-la. Desliguei o celular e fui dormir. 
Acordei de manhã, bem cedo, era lá pela 6:30. Tomei banho, coloquei a minha melhor roupa e desci. Minha tia já estava acordada e me fez um café da manhã reforçado. Na mesa do café, lembrei do meu pai. Bom, meu pai era um homem de 42 anos, alto e forte devido a suas corridas de bicicleta, ele tinha um vício em colecionar botões, não entendi o por quê, mas além disso dedicava-se mais ao trabalho de advogado bem sucedido, talvez seja por isso que minha mãe brigava com ele antes mesmo do meu nascimento. Nossa familia não era rica, mas vivíamos muito bem. Ao lembrar do meu pai, deixei uma lágrima cair, mas sequei-a. 
- Está pronta? - Perguntou minha tia atrapalhando meus pensamentos.
- Estou. - Respondi. 
- O táxi está te esperando, vamos!

Fui em direção ao táxi, minha tia já estava com uma expressão de saudade. Minha tia era solteira e não tinha filhos, talvez minha saída daqui a deixe muito sozinha. Ela abraçou-me, então entrei no táxi.

- Adeus, tia. 
- Adeus, Clarinha. - Disse minha tia emocionada. 

Depois de alguns minutos, o taxista me avisou que já tinhamos chegado no aeroporto. Que rápido! - Pensei. 
Desci, paguei-o e fui em direção a sala para esperar o avião para o Canadá. Nos bancos do aeroporto conheci um menino. 

- Olá, vai para onde? - Perguntou o menino. 
- Não interessa. - Disse eu fria. 
- Nossa! Você é sempre assim?
- Só com desconhecidos que ficam querendo saber de mais.
- Então vamos começar de novo. Qual seu nome?
- Ana Clara e você?
- Bruno Campos, prazer. 
Silêncio; 
- Você é bem calada assim? - Perguntou ele. 
- Não. - Respondi fria. 
- Vai pra onde?
- Você não vai desistir né? - Disse eu exaltada. 
- Não. - Respondeu Bruno. 
- Vou para Stratford e você? - Perguntei. 
- Também. Univerdade de lá. - Indagou ele. 
- Tá brincando né? 
- Porque?
- Também vou pra lá. - Disse eu causando espânto no garoto. 
- É o destino. - Disse ele fazendo graça. 
- haha! - Exclamei.
"Senhores passageiros, embarquem todos no avião para o Canadá". - Disse alguém no alto falante. 

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