Passaram cerca de 1 hora e meia. Finalmente o doutor chega na sala de espera para avisar Justin.
- Doutor, pelo amor de Deus, o que houve? Diz que está tudo bem. - Disse Justin desesperado.
- É.. é. - Disse o doutor.
- É o que doutor?
- Luise está bem.
- Graças a Deus, e meu filho? - Perguntou Justin.
- Luise pediu pra te chamar. - Disse o doutor num tom imprevisível.
- Tá, tá. - Disse Justin correndo pra sala onde eu estou.
Eu estava de cabeça baixa;
- Luise, meu amor, diz que a Lorena está bem, diz por favor. - Disse Justin quase chorando.
Não respondi.
- Luise. - Disse Justin levantando meu rosto. - Está chorando? Luise, me fala.
- Ela se foi Justin. - Respondi chorando e abraçando Justin apertado.
- Nããão, nããão diz isso Lu... por-por favor. - Disse Justin.
Sonhei outro diz com minha Lorena, sonhei que ela era loirinha, tinha o cabelo escuro, os olhos eram iguais os da Pattie, ela era bem branquinha, tão branquinha, eu agasalhei-a para que não sentisse frio. Acobertei-na para que não gritasse de frio. Beijei-na para se acalmar e abraçei-na sussurrando o quanto eu a amava. Ela sorriu pra mim, e eu logo, chorei, mas foi um choro de felicidade. Minha pequena havia nascido. Pena que acordei, acordei com um susto que causou a ida da minha Loreninha para o céu. Adeus Lorena, vá com Deus, eu e seu pai, o Justin, te amamos muito. Muito mesmo.
Eu e Justin ficamos abraçados por muito tempo, isso doeu demais em mim;
- Posso ir pra casa? - Pedi ao doutor.
- Pode sim Luise.
Eu e Justin chegamos em casa;
Sentei-me no sofá sem acreditar, eu não queria crêr que ela tinha morrido, senão eu ia chorar.
- Porque tem que ser assim? - Perguntei.
- Deus quis assim. - Respondeu Justin orando.
- Mas se isso iria fazer mal pra mim, porque Deus ainda sim fez isso? - Perguntei novamente.
- Porque... não sei explicar, Deus é maravilhoso, ele não o faria se não soubesse do que está fazendo. - Respondeu Justin, confortando-me.
- Eu sonhei com ela. - Disse eu.
- Eu também.
- E o que você sonhou? - Perguntei.
- Sonhei que estavamos eu, você e a Lorena, já estava grandinha, ela corria pelo parque de Stratford, corria e dizia: "papai, eu te amo" "mamãe, eu te amo". - Contou Justin.
- Seria feliz. - Disse eu.
- Não seria, ainda é. - Respondeu Justin, levantando meu rosto, beijando-me.
- Eu te amo mais do que qualquer coisa. - Sussurrei.
- Eu também te amo e é por isso que vamos continuar vivendo. Deus não erra. - Disse Justin.
- É, eu sei.
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