- Eu preciso de você. - Disse Justin.
- Para, você diz isso sempre e sempre eu me ferro no final, chega né? - Contradizi.
- Cara, lembra quando você me queria pra sempre? - Disse Justin.
- Lembro, ah! E você lembra quando você prometeu não fumar? Ah! Deve ter esquecido.
- Foi sem querer. Para de arrumar confusão.
- EU TO ARRUMANDO CONFUSÃO? - Disse eu, gritando.
- Tá sim, fala baixo.
- Ok, vou falar baixo, aliás vou calar a boca. Pronto.
- Não diz coisas assim, você se arrepende depois. - Disse Justin. - Fala comigo... fala comigo... fala comigo. Para de ficar em silêncio. Fala comigo, Luise. Por favor... Luise, fala comigo.
Eu fiquei por mais 5 minutos em silêncio até que eu não aguentei, e, explodi.
- Cansei de promessas, cansei de tantos atritos, cansei de tantas confusões, cansei de chorar, cansei de sofrer, cansei... cansei... cansei de você. - Disse eu, abaixando a cabeça.
- Como assim?
- Cansei de você. - Repeti.
- Tá falando sério?
Eu não respondi, aliás, não consegui responder.
- Me responde, você realmente cansou de mim? - Perguntou Justin, novamente.
- Justin, chega.
- Chega nada, eu quero saber, eu preciso saber.
- Sabe o que você faz? Volta para o seu amigo, pega seu cigarro e vai embora da minha frente.
- Mas a casa é minha.
- Então saio eu. Fui.
Eu peguei minhas 3 malas e desci levando as malas, sozinha.
- Quer ajuda? - Disse Justin.
- Não. Fica lá em cima, a casa é sua. SÓ SUA. - Disse eu, extremamente irritada.
Eu sai de casa, fiquei do lado de chora, pra piorar começa a choviscar. Não tinha coisa pior pra acontecer. Eu fiquei lá, embaixo do chovisco, com 3 malas.
- Volta pra cá, Luise. - Insistiu Justin.
- Não, a casa é sua.
- Para de palhaçada. Eu te amo.
- Se amasse não teria feito o que fez. - Disse eu.
- Eu não fiz de propósito. Desculpa. - Disse Justin, arrependido.
- Minha mãe já deve estar chegando, então. Tchau.
- É assim? Um tchau de 2 metros de distância. - Falou Justin.
- Justin, fique feliz por eu estar te dando tchau. - Disse eu.
- Vem cá, por favor, não vai embora. O que vou fazer aqui.. sem você?
- Tem algo em cima do sofá que te quer muito, vai lá.
- Pára, Luise, pára. - Disse Justin, impaciente. - Quer ir? Vai. Tchau. - Continuou dizendo, Justin, fechando a porta.
- Tchau. - Sussurrei, olhando pra baixo, evitando as lágrimas.
Eu sai de lá e fui sentar no banco mais próximo dali. Vi Ry passando, ele me perguntou o que estava acontecendo, eu expliquei e ele foi correndo pra casa de Justin.
Eu fiquei por mais um hora sentada no bando, até minha mãe chegar.
Eu fiquei por mais um hora sentada no bando, até minha mãe chegar.
- Eu filha, vamos. - Disse minha mãe. - Se arrependeu?
- Desculpa mãe. Desculpa. - Disse eu, chorando muito no colo da minha mãe.
- Tudo bem, filha. - Disse minha mãe me abraçando forte.
- Mãe.
- Diga.
- Com tudo isso, eu aprendi que mesmo que eu ame, outras pessoas, assim como o Justin, nenhum amor será tão forte como o seu. Desculpa mesmo.
- Tudo bem, pare de chorar, vamos.
- Vamos.
Pela última vez, eu olhei para trás, lágrimas cairam dos meus olhos. E a única coisa que eu consegui dizer foi "Adeus, meu amor".
Enquanto eu estava indo embora, lá na casa de Justin, Ry conversava com ele.
- Justin, vai deixá-la ir embora? - Disse Ryan.
- Como ela estava? - Perguntou Justin.
- Ela estava chorando, triste e muito magoada. E com razão. Justin, fumando? Você não é o Justin que eu conheci, aquele moleque que corria pelas ruas daqui de Stratford, aquele que colhia neve, aquele que me apoiou sempre. Cadê?
- Ele está aqui, só que...
- Só que o que Justin? Se levanta daí, tira essa cara de boi lambido e vai lá, trás ela de volta. Eu sei que você não vive sem ela. - Disse Ryan, tentando encorajar Justin.
- Eu não posso. - Disse Justin.
- Porque não? - Perguntou Ryan.
- Porque ela me disse coisas que eu nunca pensei ouvir dela. - Respondeu Justin.
- Quem faz o que quer, acaba ouvindo o que não quer.
- Eu sei. - Finalizou Justin.
- Vai lá, cara. - Insistiu Ryan.
- Mas..
- Mas o que Justin? - Disse Ryan.
- Nada.
- Então vai, cara.
- Tá, eu vou.
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