terça-feira, 25 de outubro de 2011

Capitulo 38

- Eu preciso de você. - Disse Justin.
- Para, você diz isso sempre e sempre eu me ferro no final, chega né? - Contradizi.
- Cara, lembra quando você me queria pra sempre? - Disse Justin.
- Lembro, ah! E você lembra quando você prometeu não fumar? Ah! Deve ter esquecido. 
- Foi sem querer. Para de arrumar confusão. 
- EU TO ARRUMANDO CONFUSÃO? - Disse eu, gritando.
- Tá sim, fala baixo. 
- Ok, vou falar baixo, aliás vou calar a boca. Pronto. 
- Não diz coisas assim, você se arrepende depois. - Disse Justin. - Fala comigo... fala comigo... fala comigo. Para de ficar em silêncio. Fala comigo, Luise. Por favor... Luise, fala comigo. 

Eu fiquei por mais 5 minutos em silêncio até que eu não aguentei, e, explodi.

- Cansei de promessas, cansei de tantos atritos, cansei de tantas confusões, cansei de chorar, cansei de sofrer, cansei... cansei... cansei de você. - Disse eu, abaixando a cabeça.
- Como assim? 
- Cansei de você. - Repeti. 
- Tá falando sério?
Eu não respondi, aliás, não consegui responder.

- Me responde, você realmente cansou de mim? - Perguntou Justin, novamente. 
- Justin, chega.
- Chega nada, eu quero saber, eu preciso saber. 
- Sabe o que você faz? Volta para o seu amigo, pega seu cigarro e vai embora da minha frente. 
- Mas a casa é minha. 
- Então saio eu. Fui. 

Eu peguei minhas 3 malas e desci levando as malas, sozinha. 

- Quer ajuda? - Disse Justin.
- Não. Fica lá em cima, a casa é sua. SÓ SUA. - Disse eu, extremamente irritada. 

Eu sai de casa, fiquei do lado de chora, pra piorar começa a choviscar. Não tinha coisa pior pra acontecer. Eu fiquei lá, embaixo do chovisco, com 3 malas. 

- Volta pra cá, Luise. - Insistiu Justin. 
- Não, a casa é sua. 
- Para de palhaçada. Eu te amo. 
- Se amasse não teria feito o que fez. - Disse eu. 
- Eu não fiz de propósito. Desculpa. - Disse Justin, arrependido. 
- Minha mãe já deve estar chegando, então. Tchau. 
- É assim? Um tchau de 2 metros de distância. - Falou Justin.
- Justin, fique feliz por eu estar te dando tchau. - Disse eu. 
- Vem cá, por favor, não vai embora. O que vou fazer aqui.. sem você?
- Tem algo em cima do sofá que te quer muito, vai lá. 
- Pára, Luise, pára. - Disse Justin, impaciente. - Quer ir? Vai. Tchau. - Continuou dizendo, Justin, fechando a porta. 
- Tchau. - Sussurrei, olhando pra baixo, evitando as lágrimas. 

Eu sai de lá e fui sentar no banco mais próximo dali. Vi Ry passando, ele me perguntou o que estava acontecendo, eu expliquei e ele foi correndo pra casa de Justin.
Eu fiquei por mais um hora sentada no bando, até minha mãe chegar. 

- Eu filha, vamos. - Disse minha mãe. - Se arrependeu?
- Desculpa mãe. Desculpa. - Disse eu, chorando muito no colo da minha mãe.
- Tudo bem, filha. - Disse minha mãe me abraçando forte. 
- Mãe. 
- Diga. 
- Com tudo isso, eu aprendi que mesmo que eu ame, outras pessoas, assim como o Justin, nenhum amor será tão forte como o seu. Desculpa mesmo. 
- Tudo bem, pare de chorar, vamos. 
- Vamos. 

Pela última vez, eu olhei para trás, lágrimas cairam dos meus olhos. E a única coisa que eu consegui dizer foi "Adeus, meu amor".

Enquanto eu estava indo embora, lá na casa de Justin, Ry conversava com ele. 

- Justin, vai deixá-la ir embora? - Disse Ryan. 
- Como ela estava? - Perguntou Justin. 
- Ela estava chorando, triste e muito magoada. E com razão. Justin, fumando? Você não é o Justin que eu conheci, aquele moleque que corria pelas ruas daqui de Stratford, aquele que colhia neve, aquele que me apoiou sempre. Cadê? 
- Ele está aqui, só que...
- Só que o que Justin? Se levanta daí, tira essa cara de boi lambido e vai lá, trás ela de volta. Eu sei que você não vive sem ela. - Disse Ryan, tentando encorajar Justin.
- Eu não posso. - Disse Justin.
- Porque não? - Perguntou Ryan.
- Porque ela me disse coisas que eu nunca pensei ouvir dela. - Respondeu Justin.
- Quem faz o que quer, acaba ouvindo o que não quer.
- Eu sei. - Finalizou Justin. 
- Vai lá, cara. - Insistiu Ryan. 
- Mas..
- Mas o que Justin? - Disse Ryan. 
- Nada. 
- Então vai, cara. 
- Tá, eu vou.

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